dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     09/05/2024            
 
 
    

http://www.diadecampo.com.br/arquivos/image_bank/especiais/Lidia_maio_17_ARTIGOS_2017515101815.jpg

Muito se tem discutido sobre a reforma trabalhista em curso. Ela se ampara basicamente na nova regulamentação da terceirização nas relações de trabalho, já aprovada pela lei nº 13.429/17, publicada no D.O.U. de 31/03/2017, e na prevalência da negociação entre empregador e empregado, sem prejuízos de outros pontos que serão alterados na CLT, com debates em andamento no Congresso Nacional acerca do PL nº 6.787/2016.

Tal reforma, embora não trate especificamente do trabalhador rural, trará alguns reflexos à categoria, como, por exemplo, a possibilidade de alteração da jornada de trabalho e dos intervalos, a mudança no prazo do contrato temporário, o pagamento das horas de deslocamento entre casa e trabalho mediante valor fixo ou outra forma de benefício, dentre outros.

A respeito da situação do trabalhador rural, em complementação às regras cuja aprovação se busca para os trabalhadores em geral, existe um PL em andamento, de nº 6.442/2016, da relatoria do Deputado Federal Nilson Leitão, do PSDB de Mato Grosso, presidente da Frente Parlamentar Agropecuária.

Como indicado na justificativa do PL nº 6.442/2016, a lei nº 5.889/1973, que regula o trabalho rural, está defasada, sendo que a reforma trabalhista em curso foi idealizada com base nos conhecimentos adquiridos no meio urbano, em desprezo aos usos e costumes e especificidades do campo.

Tais argumentos, aliados ao fato do agronegócio ser o motor da economia nacional e, por conseguinte, necessitar de segurança jurídica nas relações entre produtores e empregados rurais, seriam as molas propulsoras da iniciativa legislativa.

Também está presente a ideia de acabar ou reduzir a informalidade que existe nas relações de trabalho no meio rural.

Entre as inovações pretendidas pelo PL nº 6.442/2016, que são muitas em vista dos seus 166 artigos, merecem destaque: a possibilidade do trabalhador ser remunerado com salário mais moradia e/ou parte da produção local (alimentos ou animais); a flexibilidade da jornada de trabalho, mediante negociação entre empregador e empregado, para que este possa trabalhar até 12 horas por dia, com remuneração a título de hora extra do que ultrapassar as 8 horas diárias ou estipulação de banco de horas; o trabalho por 18 dias seguidos para o empregado que tiver residência em cidade distante do local de trabalho, mediante iniciativa deste, com a finalidade de usufruir de folga prolongada com a sua família;a venda de férias mediante iniciativa do empregado que morar na própria propriedade.

Enfim, com o objetivo de formalizar muitas situações que já ocorrem no campo há tempos na prática e que não serão atingidas pela reforma trabalhista em curso, o PL nº 6.442/2016 procura tratar do trabalho rural de forma específica, baseado nas suas peculiaridades.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Deocleciano Pentello
19/05/2017 16:27:50
"A possibilidade do trabalhador ser remunerado com salário mais moradia e/ou parte da produção local (alimentos ou animais)", fica a cargo de quem estabelecer os valores de "moradia" e de "alimentos"? O empregador? É um retrocesso trabalhista sem precedentes.

Para comentar
esta matéria
clique aqui
1 comentário
Café com cajá
Consórcio gera renda e conforto térmico para o agricultor e para a lavoura no Espírito Santo
Resolução do CNM fortalece recursos do Pronaf
Ampliação de valor promete melhorar contas públicas e trazer mais sustentabilidade financeira ao programa
Leguminosas eliminam aplicação de nitrogênio em florestas de eucalipto
Economia com fertilizantes foi em torno de R$ 500 por hectare, considerando uma aplicação de 100 quilos de nitrogênio por hectare nos plantios
Plantas exóticas, biodiversidade e legislação
Listas de espécies vão auxiliar a sociedade na interpretação da legislação de acesso ao patrimônio genético
Diagnóstico mostrará como reduzir perdas e elevar qualidade da soja brasileira
Monitoramento revela como algumas práticas de produção podem melhorar ou piorar a qualidade do grão e da semente comercializados
Hortitec 2017: tomates enriquecidos com licopeno são destaques da Embrapa
Trata-se de um dos compostos antioxidantes mais eficientes no combate aos radicais livres no organismo
Escapando do culto ao pessimismo
Somos cada vez mais levados a enxergar tudo sob uma perspectiva de curto prazo e a duvidar de nossas possibilidades e capacidades transformadoras
Construindo um caminho para a bioeconomia
Temos a expectativa de produzirmos soluções competitivas que nos permitam dar alternativas a todos os setores produtivos envolvidos na cadeia de Química e Tecnologia da Biomassa nacional
Consumo e produção em mudança
Nos últimos 20 anos a humanidade adicionou 1,6 bilhão de pessoas ao planeta. Até 2050, outros 2 bilhões de pessoas serão acrescidos à população mundial, acentuando a preocupação com o uso dos recursos naturais e a estabilidade dos ecossistemas que sustentam a vida na terra
Impactos da reforma trabalhista para o trabalhador rural
PL nº 6.442/2016 procura tratar do trabalho rural de forma específica, baseado nas suas peculiaridades
Um desafio viável
Analisando a fome nas médias e grandes cidades acreditamos que é possível diminuir ou erradicar o problema restabelecendo uma nova política de abastecimento
Livro aponta cenários para o desenvolvimento futuro do Brasil
Publicação é apenas a primeira etapa da iniciativa que visa a construção de cenários prospectivos para o Brasil em 2035
Embrapa apresenta tecnologias na Hortitec 2017
Sistemas de produção, insumos, equipamentos e softwares desenvolvidos pela pesquisa agropecuária serão apresentados entre os dias 21 e 23 de junho
Ponto de colheita da tangerina Ponkan determina qualidade
Alteração da cor, o aumento nos teores de açúcares e a diminuição dos ácidos são o prenúncio dos estágios finais do desenvolvimento dos frutos
Lançado manual para a identificação de doenças na cultura do arroz
Manual de Identificação de Doenças da Cultura do Arroz foi produzido pelas fitopatologistas da Embrapa Arroz e Feijão

Conteúdos Relacionados à: Política
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada